Terapia: Uma sessão resolve? (Spoiler: não)

Quando explodimos, perdemos a cabeça ou estamos ansiosos demais e não conseguimos lidar mais com os conflitos, podemos pensar em buscar ajuda. Mas a terapia vai além de resolver uma crise emocional.
Quando explodimos, perdemos a cabeça ou estamos ansiosos demais e não conseguimos lidar mais com os conflitos, podemos pensar em buscar ajuda. Mas a terapia vai além de resolver uma crise emocional.

Você não vai resolver a sua vida em uma única sessão.
Com alguma sorte, talvez consiga acalmar uma crise emocional.
Mas não confunda alívio com cura.

Terapia não é como um remédio para dor de cabeça, que você toma uma vez e pronto — só volta a usar quando a dor reaparece.
Terapia é processo.
É escuta contínua, é fio puxado com paciência,
é um caminho que se constrói em muitas sessões.

Primeiro, para investigar o que se repete, o que dói, o que escapa.
Depois, para ressignificar o que emerge —
e então começar a perceber a mudança sutil
que toca os sintomas e reposiciona o sujeito diante da própria história.

E quando falamos de análise, o mergulho é ainda mais profundo.
Porque não se trata apenas de aliviar a dor,
mas de permitir que o sujeito — aquele que se coloca em análise —
entre em contato com seus conflitos psíquicos, suas resistências, suas pulsões, seu desejo.

A análise não tem como objetivo principal fazer o sujeito “ficar bem” ou “ser feliz”, mas sim proporcionar um encontro com a própria verdade.
E, nesse encontro íntimo com o que somos,
pode surgir um efeito terapêutico —
não como meta, mas como consequência.

Por isso, não: uma sessão não resolve.
E sim, cuidar da saúde emocional exige investimento.
Vivemos em um país de desigualdades —
e elas atravessam também o acesso à saúde mental,
seja nos valores, seja na qualidade dos serviços.

Um bom profissional não é barato.
Para ser bom, ele investiu — e continua investindo:
em sua formação, na própria análise, em supervisão,
no espaço de trabalho que sustenta esse encontro tão delicado.

Por isso, antes de iniciar esse percurso,
é fundamental se perguntar:
Tenho tempo?
Tenho recursos?
Mas, principalmente:
Tenho desejo de atravessar esse processo?

Porque terapia não acontece apenas nos 50 minutos de sessão.
Ela acontece entre uma sessão e outra. Se insinua no meio do dia,
num pensamento que atravessa,
num silêncio que se impõe,
naquela luz que se acende “do nada” e muda tudo.

Mas isso é só para quem se entrega ao processo.
Para quem atravessa.

Na análise, o caminho é mais importante que a chegada.
Não é a alta que importa,
mas quem o sujeito se torna ao longo da travessia.

E não se assuste:
você não precisa passar a vida inteira em análise.
O tempo, aqui, é subjetivo —
como tudo que verdadeiramente importa.

Então, eu te pergunto:
💭 Quanto vale a sua saúde emocional?

E se você ainda não iniciou seu processo, talvez seja o momento de considerar a psicanálise. A jornada do autoconhecimento não precisa começar com grandes certezas – às vezes, basta a vontade de entender melhor a si mesmo. Que tal começar essa conversa? 😊 Entre em contato clicando aqui!


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Andreia Manzato psicanalista

Andréia Manzato

Psicanalista | SPP/PR 0843

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